Crônica semanal do futebol Tocantinense na visão de Juninho Bill !

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O alto e amargo preço da desordem

O time do Palmas viu o sonho do hexa se esvair, escapar pelos vãos dos dedos… Porém, o que se viu na desclassificação de ontem foi apenas o fim de uma sucessão de erros.

A agremiação contratou Celinho Valentim, técnico vitorioso em terras maranhenses. Ele trouxe alguns atletas de sua confiança, e não se pode negar, fez um excelente trabalho. A título exemplificativo, na última rodada da primeira fase, o Palmas chegou com chances de se classificar em primeiro lugar!! Ora, ora salvo engano, não foi esse mesmo Palmas que no início do torneio disse que o objetivo principal era não cair?? Pois bem, por razões já discutidas aqui nessa mesma coluna, ao final da fase classificatória, a diretoria do Palmas não deu garantias que cumpriria os compromissos financeiros com os jogadores e a situação do técnico Valentim ficou insustentável. Foi demitido!! Contrataram Roberto Oliveira e, pasmem(!): mais caro!! Roberto já houvera sido demitido do Interporto justamente em razão do seu alto custo para aquele clube… Que coisa, não?? Que lógica maluca essa da diretoria da Arara Azul!!

Sem surpresas, o pior aconteceu. Roberto Oliveira, indiscutivelmente um dos melhores do Tocantins, não teve tempo para ajustar a equipe ao seu esquema, mesmo porque foram apenas dois jogos e pouquíssimos treinamentos. Culpa total dele?? Lógico que não!! Futebol é longo prazo. Apagar incêndios é prática comum a amadores.

A bem da verdade, a equipe perdeu a classificação para a final do campeonato naquele primeiro jogo realizado em Palmas. Aquele empate, sem abertura de contagem, teve sabor de derrota e foi a mola mestra que culminou com a desclassificação na tarde de ontem. Ganhar do Tocantinópolis no bico do papagaio, todos sabiam, não era tarefa fácil, afinal o verdão havia perdido apenas um jogo em seus domínios e mesmo assim, pelo placar mínimo. É lógico que não é porque o Roberto Oliveira é um campeão que não comete falhas ou equívocos. Ontem por exemplo, o time tinha obrigação de ganhar o confronto e o que ele fez? Sacou o Régis Wenzel do time… Como assim (??) deve estar perguntando o torcedor tricolor. Assim mesmo. Tirou e pronto. Régis foi durante toda a competição a referência do ataque. Ele era o esteio, o parceiro, a “escada” do matador André Leonel. Sem ele, o centroavante ficou órfão, perdido e desnorteado. A maior prova dessa assertiva reside no fato do jogo ter “incendiado” após a entrada do referido atacante no segundo tempo. As reais chances de gol do tricolor da capital aconteceram depois da substituição que permitiu que ele entrasse em campo. Todavia, já passou, já era, a opção do técnico foi a que prevaleceu e, nesse momento, a “vaca já foi para o brejo”.

Fica a lição para a diretoria da equipe do Palmas Futebol e Regatas. Esse esporte coletivo chamado futebol para se transformar em sucesso, necessita de planejamento!

Parabéns ao Tocantinópolis, não se pode desconsiderar seus méritos.

Pois bem, no outro jogo da semifinal, o Interporto desbancou o Gurupi. Já era previsto. A equipe do Gurupi vinha em franco descenso há tempos. A vantagem já havia sido revertida no primeiro jogo ocorrido em Porto Nacional e o segundo confronto serviu apenas para confirmar a superioridade do time do Carlos Magno, outro vencedor! Parabéns também ao Interporto que sempre figurou no topo da tabela e mereceu ser finalista.

A final entre Interporto e Tocantinópolis promete ser emocionante. Não sou profeta, apenas aprendi analisar futebol e já esperava por isso, quando escrevi nesse espaço em 13/05/2014: Creio em uma final entre o Verdão do bico do Papagaio e a equipe protegida por Nossa Senhora das Mercês!”. (http://rochinhagol.com.br/portal/?p=9142). Sem quaisquer dúvidas, foram as duas melhores equipes do torneio, e por isso mesmo, os dois jogos deverão ser equilibrados. É provável que a experiência do elenco e do treinador Carlos Magno prevaleça… Não é impossível, entretanto, que o papagaio esmeraldino ataque com uma bicada mortal o tigre portuense, e ganhe, por fim, a competição. Contudo, nesse momento é difícil cravar apostas em quem quer que seja.

Juninho BILL

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